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Mineração: Pará é um dos maiores exportadores de minérios do país, revela estudo – Portal Pebão

Por Portal Pebao

O Boletim da Indústria Mineral Pará, disponibilizado pelo Simineral, traz um balanço do 1º semestre 2022

 • Por:Minera Brasil 

Foto: Reprodução WhatsApp 

O Sindicato das Indústrias Minerais do Pará (Simineral) disponibilizou neste mês de agosto o Boletim da Indústria Mineral do Pará, que mostra que o estado é um dos maiores exportadores de minérios do país. O documento completo está disponível no site do Simineral.

De acordo com o balanço, que aponta dados atuais do setor mineral do primeiro semestre de 2022, o Pará é o segundo maior exportador de produtos do setor, atingindo o valor de US$ 8,8 bilhões e uma participação de 83%, em relação ao valor total exportado pelo estado.

O boletim também revelou que a indústria mineral continua sendo uma das principais responsáveis pelo bom desempenho do Pará e do Brasil como um todo na comercialização com o mercado externo, em função da forte demanda de minério de ferro. 

O Boletim da Indústria Mineral Pará é um dos estudos mais completos já realizados no Estado do Pará sobre o setor mineral. O principal objetivo do documento é dialogar com toda a sociedade e cumprir as agendas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e a estratégia de ESG (sigla em inglês para Governança Ambiental, Social e Corporativa).

Conforme destacou a vice-presidente do Simineral, Ana Carolina Alves, o boletim apresenta um panorama para investimentos a partir dos números coletados no primeiro semestre.

“O boletim é uma ferramenta importante que proporciona aos gestores e à classe política as melhores tomadas de decisões em políticas públicas, assim como certamente proporcionará aos atores e stakeholders as melhores escolhas de investimentos, subsidiando a participação efetiva da sociedade civil local. É a partir da democratização das informações, beneficiando assim a sociedade como um todo com os diagnósticos socioeconômicos e ambientais apresentados no documento”, afirmou.

Exportação de minérios

Com relação aos valores de exportação no primeiro semestre de 2022 no Pará, o boletim aponta que o minério de ferro encerrou o período com US$ 6,2 bilhões em valor exportado. Em termos percentuais, isso representa cerca de 47,3% do valor total deste produto exportado pelo país e coloca o minério de ferro como uma das principais commodities do comércio internacional, com uma forte demanda, sobretudo da China, principal produtor de aço do mundo.

Além do minério de ferro, o minério de cobre também teve destaque, com exportações somando US$ 684 milhões no primeiro semestre de 2022 e uma participação nacional de 99%.

Com relação aos minérios de “transformação mineral”, o relatório indica que a alumina calcinada encerrou o período com US$ 922 milhões em valor exportado, representando 54,6% do valor total exportado pelo país. O Ferro-níquel também se destacou com um montante de US$ 265,3 milhões e uma participação nacional de 41,8%.

O boletim também mostrou que a China segue sendo o principal destino dos produtos da atividade mineral no Pará. Ao todo, o país asiático importou do estado paraense US$ 4,5 bilhões. Isso equivale a uma participação de 50,9% de tudo que o estado exportou das indústrias minerais nesse período. Após a China vem Japão, Malásia e Noruega.

Mercado de Trabalho

Enquanto isso, no que tange o mercado de trabalho, o Boletim observou que  para cada um emprego direto gerado na indústria extrativa, cerca de 13 empregos indiretos são gerados ao longo de toda cadeia de produção associada à atividade, segundo informações do Ministério das Minas e Energia (MME).

Com relação aos empregos formais, a partir de dados do Cadastro de Geral de Empregados e Desempregados (CAGED/MTE), o relatório destaca que 1.329 pessoas foram admitidas pelo setor extrativo mineral paraense, entre janeiro e maio de 2022. A partir disso, é possível estimar a geração de 17.277 novos postos indiretos de trabalhos decorrentes da atividade mineral. Isso contabiliza ao todo cerca de 18.606 empregos diretos e indiretos gerados pela mineração no período.

Arrecadação Mineral – CFEM

No que diz respeito à Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM),  o Pará ficou na segunda colocação nacional, com um montante de R$ 1,3 bilhão e uma participação nacional de 40,8%.

A CFEM é uma contrapartida importante para os entes públicos que a recebem. Os recursos são geridos pela Agência Nacional de Mineração (ANM) e não podem  ser utilizados para o pagamento de dívida ou no quadro permanente de pessoal. Ou seja, só podem ser usados em projetos que, direta ou indiretamente, revertam-se em prol da comunidade local, na forma de melhoria da infraestrutura, da qualidade ambiental, da saúde e da educação. 

Dentre os municípios paraenses mineradores, Parauapebas encerrou o primeiro semestre de 2022 com a maior parcela de CFEM arrecadada: R$ 545 milhões (42,2% de toda a arrecadação distribuída no estado). Em seguida, vem Canaã dos Carajás, com um montante de R$ 498 milhões e uma participação estadual de 38,6%. Os dois municípios concentram juntos cerca de 80,8% de toda CFEM distribuída no Pará.

Meio ambiente e mineração

Por fim, com relação ao impacto ambiental da atividade de mineração, o relatório observou que, no Pará, especialmente em municípios mineradores, dois fatores ambientais se destacam: o desmatamento e os focos de calor. De acordo com a análise, a produção extrativa mineral não aponta uma relação significativa às taxas desses dois casos, com base na série histórica dos anos de 2003 a 2020.

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