Mineração está entre os setores mais afetados pelo coronavírus no Brasil, diz XP
O maior impacto do coronavírus entre as empresas brasileiras deve se concentrar nas que mantêm negócios mais frequentes com a China, maior parceiro comercial do Brasil, como as mineradoras, avalia a XP Investimentos.
De acordo com dados do World Input Output Table, até 2016, a mineração tinha relação de exportação de 29% com o país. No entanto, essa relação se estreitou nos últimos anos.
Ainda assim, os impactos devem ser limitados e a expectativa é de uma retomada da demanda chinesa e de outros países do mundo no longo prazo, segundo a analista de ações da XP, Betina Roxo.
“No caso da mineração, tem um lado positivo, que é a oferta muito limitada de minério. Claro que, no curto prazo, pode haver uma queda, mas esse descompasso entre oferta e demanda acaba sendo positivo para o setor”, afirma Betina.
Segundo ela, o minério de ferro caiu, mas ainda tem um patamar alto e a expectativa é de que a produção da commodity continue limitada, o que contribui para uma retomada do valor perdido com o surto do vírus.
“Podemos ver novos estímulos à economia, e a China costuma priorizar esses setores, o que acaba sendo positivo para a Vale”, diz.
A análise foi feita durante um workshop a respeito do impacto do coronavírus nos ativos financeiros e na economia realizado pela XP Investimentos para jornalistas. As informações são do Valor Investe.