A arrecadação de Canaã dos Carajás, no sudeste do Pará, é hoje 34 vezes maior do que quatro anos atrás.
municipal deu um salto. Agora em 2020 (dados até novembro), o município arrecadou R$ 643 milhões.De acordo com o secretário de Planejamento da Prefeitura de
Canaã, Gean Meirey dos Santos, os recursos têm sido aplicados para desenvolver a cidade, para além da mineração. “O objetivo é não repetir erros do passado e atuar para que a cidade se torne sustentável, forte em outros setores paralelos a atividade mineradora, hoje principal fonte de arrecadação da cidade”, diz Gean.Entre outras obras estão a Etapa da Transcarajás, o terminal
rodoviário e nova avenida Weyne Cavalcante.”O município, nos últimos anos, tem aplicado os recursos da mineração para fazer toda a infraestrutura da cidade, bem como para a diversificação da matriz econômica como é o caso do
Fundo Municipal de Desenvolvimento Sustentável e a implantação do polo universitário”.
Nova avenida principal da cidade de Canaã executada pela prefeitura |Ascom PMCC Do ramo de movelaria, o proprietário da Samavi, Josinaldo Pereira diz que o Fundo de Desenvolvimento beneficia a manutenção de empreendimentos na cidade. Com os recursos, foi possível aumentar a compra de matéria-prima do fornecedor para a fábrica, com maior facilidade de pagamento. “A criação do Fundo foi muito boa, facilita para o empreendedor em termo de financiamento e prazo de
pagamento”, diz o empresário. O Fundo Municipal concentra 5% de todos os royalties da mineração para o fomento de negócios.Universidade – O antigo canteiro do projeto minerário S11D doado pela Vale para a Prefeitura de Canaã em 2017 foi transformado em Polo Industrial e Educacional e já está com 85% de sua capacidade ocupada segundo a secretaria de Desenvolvimento Econômico. No local, passará a funcionar a primeira faculdade pública do município, já em construção com recursos oriundos do Fundo e novas empresas atraídas para a região.Uma das primeiras a se instalar no Distrito foi a empresa de
reciclagem de resíduos, a CarajásFlex. A opção pelo Distrito foi motivada pela infraestrutura oferecida. “O Distrito tem uma estrutura invejável, uma
estrutura para um polo industrial de cidade grande, com água, energia, sistema de incêndio, portaria e a manutenção do padrão com segurança 24 horas. E a tendência é só melhorar”, afirma o proprietário da CarajásFlex, Daniel Peres.
Com a geração de 20 empregos diretos, a empresa reaproveita
o resíduo plástico e transforma em mangueiras usadas na construção civil, sistemas de irrigação e na mineração. “Quero tirar milhões de toneladas dematerial que iria parar nos aterros e lixões da nossa Amazônia e reciclar e no
futuro, vamos estar poupando os recursos do nosso planeta”, revela o empresário.