A Polícia Federal no Pará deflagrou nesta quinta-feira (29/8) a Operação Alquimia, para combater crimes contra o meio ambiente e lavagem de dinheiro nos estados do Pará e Maranhão. Foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão e 2 mandados de prisão preventiva. Além disso, duas pessoas foram presas em flagrante por posse ilegal de arma de fogo.
O líder da organização criminosa foi preso em Parauapebas/PA e seu principal comparsa em Santa Inês/MA. Apenas em Santa Izabel/PA, foram apreendidos cerca de R$ 200 mil em espécie, quatro pistolas, um fuzil, uma espingarda e uma máquina de contar dinheiro. Em outras cidades, como Centro Novo do Maranhão, Maracaçumé, Itapeva e Ananindeua, foram apreendidas armas, ouro, dinheiro, mídias de armazenamento, celulares e um veículo. Dois indivíduos presos em flagrante por posse ilegal de arma foram encaminhados à Polícia Civil do Maranhão.
O alvo principal já havia sido preso em duas ocasiões: uma vez transportando mais de R$ 1 milhão em espécie e outra com duas barras de ouro de origem desconhecida, escondidas nos sapatos.
A investigação revelou que a organização criminosa extraía ouro no Maranhão e lavava os recursos obtidos ilícitamente no Pará. Uma das estratégias utilizadas para ocultar a origem do dinheiro era o pagamento de boletos bancários de terceiros, em troca do saque em espécie.
O pagamento pela compra do ouro não era feito diretamente ao vendedor, mas sim depositado em contas bancárias de diversas empresas, com o objetivo de dissimular a origem dos valores. O minério era comercializado em grandes centros como Minas Gerais e São Paulo, em um esquema que será detalhado nas próximas etapas da investigação.