Collor negou convite em mensagem nas redes sociais; FHC, Temer e Sarney teriam aceitado a vacinação, após a certificação do imunizante.
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), convidou todos os ex-presidentes da República vivos a tomarem a vacina contra Covid-19 em São Paulo no início da campanha de imunização, prevista para 25 de janeiro.
Foram procurados os ex-presidentes Michel Temer (MDB, 2016-2018), Dilma Rousseff (PT, 2011-2016), Luiz Inácio Lula da Silva (PT, 2003-2010), Fernando Henrique Cardoso (PSDB, 1995-2002), Fernando Collor de Mello (PROS, 1990-1992) e José Sarney (MDB, 1985-1990).
A assessoria de imprensa do Palácio dos Bandeirantes confirmou o convite e disse que a ideia é incentivar a vacinação.
Em sua conta no Twitter, Collor, que é senador pelo estado de Alagoas, negou o convite de Doria: “Agradeço ao convite feito pelo governo de São Paulo, mas não participarei do ato”.
Procurada pelo UOL, a assessoria de FHC confirmou que o ex-presidente foi consultado e que tomará a Coronavac, caso ocorra a certificação e o imunizante esteja disponível.
A CNN Brasil divulgou que Doria disse que Temer e Sarney também teriam aceitado o convite, mas a informação não está confirmada oficialmente.
A assessoria de Lula informou ao UOL que o ex-presidente vai viajar para Cuba e que não conseguiu contato para confirmar a questão. “O ex-presidente irá tomar a vacina do Butantan assim que for disponível”, completou.
À coluna do jornalista Leonardo Sakamoto, Dilma disse que recebeu o convite através do prefeito de Araraquara, Edinho Silva, de seu partido. Contudo, como mora em Porto Alegre, não pretende ir a São Paulo tomar a vacina.
“Mas se o governador João Doria enviar a vacina, ela tomará a dose com imensa satisfação”, afirmou, por meio da assessoria.
Quatro dos seis ex-presidentes têm mais de 75 anos e estão no grupo de risco, com prioridade na campanha de vacinação: Sarney (90 anos), FHC (89), Temer (80) e Lula (75). Dilma tem 74 anos, e Collor, 71.
Dois milhões de doses da Coronavac, vacina contra o novo coronavírus desenvolvida e testada pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac, chegaram na manhã desta sexta-feira (18) ao Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. A aplicação da vacina depende do aval da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
O carregamento é o terceiro que chega da China com doses prontas ou insumos para a produção local da Coronavac pelo Butantan. No total, o estado tem atualmente 3,12 milhões de doses a serem disponibilizadas da vacina.
O imunizante está atualmente na fase 3 de testes, a última antes do pedido de registro junto a autoridades regulatórias. Espera-se para 23 de dezembro a divulgação dos resultados de eficácia.
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Foto: Roberto Stuckert / PR
(O Vale)