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Desmatamento na Amazônia cresce e põe em risco acordo com UE

Por Portal Pebao

O número registrado é 68% superior ao mesmo período de 2018

Foto reprodução/Entre agosto de 2015 e julho de 2016

O desmatamento na Amazônia disparou na primeira metade de julho e superou o percentual registrado no mesmo mês inteiro em 2018, colocando em risco o acordo comercial firmado entre o Mercosul e a União Europeia (UE), após 20 anos de negociações. De acordo com dados preliminares do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mais de 1 mil quilômetros quadrados de floresta foram derrubados na primeira quinzena de julho, o equivalente a 68% a mais em relação a todo o mês de julho de 2018.
    As informações, obtidas após análises de imagens de satélites, ainda mostram que o desmatamento até o momento é o maior já registrado em um mês desde agosto de 2016. Além disso, acontece depois de um crescimento no resultado anual comparado nos meses de maio e junho. Segundo especialistas, este aumento é consequência da política a favor do desenvolvimento na região aplicada pelo presidente Jair Bolsonaro. Os dados, no entanto, são apenas preliminares, e os números finais equivalentes aos últimos 12 meses ainda serão divulgados.

    No mês passado, o texto do tratado de livre comércio entre União Europeia e Mercosul apresentou um artigo no qual os signatários se comprometem com a plena implantação do Acordo de Paris sobre o clima, assinado em 2015, no qual o Brasil prometeu zerar o desmatamento ilegal na Amazônia até 2030. O documento ainda precisa ser ratificado, porém tem enfrentado resistência entre os países membros do bloco, incluindo a Itália, que já pediu para o acordo ser rejeitado

De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), entre 10 e 15, a Amazônia perdeu 980 km² de florestas – foram 600 km² durante todo este mês no ano passado. No Pará, também na primeira quinzena, essa extensão foi de 274 km², o que significa um acréscimo de mais de 50% em relação a julho de 2018. O inverno amazônico extremamente chuvoso atrapalhou o monitoramento via satélite das derrubadas, então somente agora, no período mais quente, está sendo possível mensurar o tamanho do dano ao meio ambiente.

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