Cosan vai entrar no negócio de minério de ferro com ativos no Pará, próximo a Parauapebas.
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A Cosan informou que ela e uma unidade do Grupo Paulo Brito, fundador e acionista controlador da Aura, co-controlarão a nova empresa, que será chefiada pelo ex-executivo da Vale SA e da CSN SA Juarez Saliba, um profundo conhecedor do setor. Julio Fontana, ex-diretor da Rumo, será conselheiro e consultor sênior da nova empresa.
A decisão de investimento ocorre três anos depois de o proprietário da Cosan, Rubens Ometto, considerar a compra de uma participação minoritária na Vale que transformasse a Cosan num acionista de referência da mineradora.
A movimentação da Cosan ocorre em um momento em que os preços do minério de ferro atingiram uma alta recorde no primeiro semestre de 2021, com nova elevação nesta terça-feira revertendo parte das perdas registradas nas últimas semanas.
A Cosan acrescentou que concordou em adquirir 100% do capital do Porto de Luís, no Maranhão, da China Communications Construction Company (CCCC), por R$ 720 milhões. O terminal será usado para escoar o minério de ferro e sua propriedade será transferida para a joint venture.
Além do porto, a nova companhia terá direitos de exploração de ativos de mineração em três projetos minerais no Pará, atualmente propriedade da holding de Paulo Brito. Os ativos ficam próximos a Parauapebas, onde a Vale também opera.
A Cosan deverá possuir 37% do capital do novo negócio, que terá controle compartilhado da nova companhia, por ora chamada de JV Mineração. A previsão é de que o primeiro projeto mineral da JV comece a produzir em 2025, com escoamento do minério pela Estrada de Ferro Carajás ou por um mineroduto.