Vale é acusada de comercializar ouro sem pagar royalties para Marabá e Canaã dos Carajás
Minério teria sido extraído das minas do Salobo, em Marabá, e do Sosesso, em Canaã dos Carajás, ambas no Pará
A mineradora Vale está sob suspeita de sonegar R$ 446,7 milhões em impostos referentes à mineração de ouro no Estado do Pará. Segundo informações do UOL, duas comissões parlamentares de inquérito (CPIs) identificaram que as irregularidades cometidas pela companhia durante a venda de ouro para fora do País que supostamente aconteceram por cerca de dez anos.
As investigações foram realizadas pela CPI da Vale, da Assembleia Legislativa do Pará, e pela CPI do Salobo, da Câmara dos Vereadores de Marabá-PA. Com a conclusão dos trabalhos, os parlamentares identificaram que a companhia deixou de pagar os impostos referentes à Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM), também conhecido como royalty da mineração, nos últimos anos.
A venda de ouro omitida pela Vale, segundo as CPIs, foram extraídas das minas do Salobo, no município de Marabá, e do Sosesso, em Canaã dos Carajás. Sobre as irregularidades, a companhia informou ao UOL que “efetua regularmente o recolhimento dos tributos e impostos” e que os pagamentos são feitos conforme a legislação específica de cada tema.
A Vale é a companhia de maior peso na bolsa de valores do Brasil ao responder por 13% da composição do Ibovespa, principal índice da B3.