Em um movimento que une inovação e sustentabilidade, a Polícia Federal (PF) no Pará apresentou, nesta sexta-feira (28/03), o revolucionário “Projeto Cannabiocombustível”. A iniciativa, que coincide com o 81º aniversário da PF, busca transformar maconha apreendida em bio-óleo, um biocombustível promissor.
Um reator para um futuro sustentável
O experimento, realizado na Superintendência da PF em Belém, utiliza um reator inovador, construído no Pará, capaz de decompor a Cannabis sativa e gerar bio-óleo. O Perito Criminal Federal Antônio Canelas explica que o bio-óleo pode ser refinado para produzir gasolina, diesel e querosene verdes, representando uma alternativa sustentável aos combustíveis fósseis.
Além do combustível: subprodutos com potencial
O processo de decomposição da maconha gera outros subprodutos valiosos:
* Biocarvão: um material extremamente poroso com potencial para despoluir águas residuais e fertilizar solos.
* Vinagre pirolítico: um condensado aquoso que pode ser utilizado como conservante de alimentos e fungicida.
Um estudo em fase inicial com grandes expectativas
O “Projeto Cannabiocombustível”, que conta com o apoio das Universidades Federais do Pará (UFPA) e de Santa Catarina (UFSC), ainda está em fase inicial. O objetivo atual é otimizar o processo para aumentar a eficiência e a qualidade do biocombustível gerado.
Potencial medicinal e ambiental
Além do potencial energético, o bio-óleo gerado pode ter propriedades medicinais, que serão exploradas em análises laboratoriais futuras. A iniciativa também contribui para a redução do impacto ambiental, ao evitar a incineração de drogas apreendidas e diminuir a necessidade de grandes espaços de armazenamento.
Um passo rumo à COP30
O experimento, que pode processar mais de 1000 quilos de maconha em 24 horas, dependendo do tamanho do reator, coloca Belém na vanguarda da geração de energia renovável, em preparação para a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30).
Um esforço conjunto para um futuro sustentável
O “Projeto Cannabiocombustível” é fruto de uma colaboração entre a Polícia Federal e as universidades federais do Pará e de Santa Catarina. A equipe de pesquisa é composta por especialistas como o Prof. Dr. Nélio Teixeira (UFPA), Dr. Adriano da Silva (UFSC) e Dra. Ana Immichi Bueno (UFSC).