Paraense que tentou explodir bomba em Brasília revela plano à polícia: ‘acabar com comunismo’
O paraense identificado como George Washignton de Oliveira Sousa, 54 anos, preso no último sábado, 24, suspeito de armar uma bomba próximo ao aeroporto de Brasília, contou à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) em depoimento que pretendia “acabar com o comunismo”.
“A minha ida a Brasília tinha como propósito participar dos protestos que ocorriam em frente ao QG do Exército e aguardar o acionamento das forças armadas para pegar em armas e derrubar o comunismo. A minha ideia era repassar parte das minhas armas e munições a outros CACs [caçadores, atiradores e colecionadores] que estavam acampados no QG do Exército assim que fosse autorizado pelas Forças Armadas”, alegou, em depoimento à Polícia Civil.
Ainda de acordoc om o empresário, ele disse que gastou cerca de R$ 160 mil em armas e R$ 600 em dinamite antes de sair de Xinguara, sudeste paraense, para a capital federal, onde participava de atos contra o resultado das eleições deste ano, em frente ao QG do Exército desde 12 de novembro.
O paraense deixou o estado rumo a Brasília no último dia 12 de dezembro com a caminhonete carregada com duas escopetas de calibre 12; dois revólveres calibre 357; três pistolas; um fuzil calibre 308; mais de mil balas de diversos calibres e cinco bananas de dinamite.
Plano inicial
George Washington relatou em depoimento à polícia de Brasília que, antes de encontrarem a bomba nas proximidades do aeroporto em um caminhão que transportava combustível, ele contou que houve uma tentativa de fazer algo semelhante na cidade de Taguatinga. “Uma desconhecida sugeriu que fosse instalada uma bomba na subestação de energia em Taguatinga, para provocar a falta de eletricidade e dar início ao caos […]. O plano não evoluiu porque ela não apresentou o carro para levar a bomba até a transmissora de energia”, revelou.
Segundo o investigado ele teve apoio de outras pessoas para as ações. Ainda de acordo com ele, a bomba encontrada perto do aeroporto teria sido fabricada na sexta-feira, 23, e poderia ser acionada por controle remoto, a distância de 50 a 60 metros.
George disse que entregou o explosivo para um conhecido, que ficaria responsável pela detonação.
Fonte: Roma News