Pará gerou 32 mil vagas de empregos com carteira assinada em 2022

Os dados divulgados pelo Dieese mostram que o estado, mesmo em um ano de crise econômica, criou alternativas para impulsionar o mercado de trabalho

O estado do Pará apresentou balanço positivo no saldo entre demissões e contratações com carteira assinada em 2022. Entre os meses de janeiro e dezembro foram gerados 32 mil postos de trabalho formais.

Os dados foram divulgados ontem, segunda-feira ( (31//1), pelo Departamento intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese-PA) e fazem parte de um estudo realizado em parceria com a Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), baseado em informações do novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Previdência.


De acordo com o estudo, as áreas que mais contribuíram para a geração de postos de trabalho estão ligadas diretamente aos setores de Serviços, Comércio, Indústria e Agropecuária. No comparativo entre os meses de janeiro a dezembro, o setor de Serviços foi o que mais gerou empregos com carteira assinada – total de 17.788. O Comércio ficou em segundo lugar, com a geração de 9.429 empregos.

Políticas públicas – Segundo Inocencio Gasparim, titular da Seaster, os números mostram o resultado de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento da qualidade de vida e do bem-estar da população: “Ao longo de 2022 enfrentamos grandes desafios. Foi um ano marcado pela alta dos preços de alimentos, do combustível, alta nos valores de produtos e serviços. Comprar estava muito caro e, isso, afeta de forma significativa não só o poder de compra, mas também os custos de produção e a diminuição na abertura de novos negócios, o que acaba impactando também na geração de postos de trabalho, em novas contratações e abertura de vagas. Os que são abertos geram salários baixos e pouca valorização da mão de obra. Apesar dessa diminuição, o Pará, ao longo deste ano, se manteve com bons resultados”, destacou o secretário.


Sobre o papel do Estado, Inocencio Gasparim acrescentou que “o governo manteve a agenda de obras públicas, investiu em programas de transferência de renda, aumentou o salário dos servidores, antecipou o 13º, movimentou a economia e garantiu a manutenção de resultados interessantes. A expectativa é que em 2023 o Pará se mantenha como um grande gerador de empregos, visto que o Governo do Pará sinaliza a implantação de grandes projetos e a manutenção de uma agenda extensa de entregas e investimentos, não só pelo estado, mas também em parceria com o governo federal”.

Desafio – O saldo positivo, acima de 30 mil postos de trabalho, é um diferencial, principalmente frente ao cenário econômico de 2022. “A criação de empregos formais foi um grande desafio ao longo de todo o ano de 2022. A inflação esteve muito alta e, é bom lembrar, que a inflação alta limita o poder de compra e o consumo e também enterra a criação de novos empregos, assim como desemprega bastante”, destacou Everson Costa, supervisor técnico do Dieese.

O estudo aponta ainda o Pará como o segundo estado que mais gerou empregos na região Norte. A unidade da Federação que se destacou com a maior geração de empregos no Norte do Brasil em 2022 foi o Amazonas, que totalizou 35.269 empregos com carteira assinada.

Fonte: Agência Pará
Fotos: Bruno Cecim/Marcelo Seabra.

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