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Tripulação de 21 pessoas foi resgatada e agora equipes tentam salvar o máximo de animais possível. Navio Queen Hind viajaria para a Árabia Saudita com carga de ovinos.
Equipes de resgate trabalham para salvar milhares de ovelhas de um um navio de carga que tombou no Mar Negro, na costa da Romênia. O Queen Hind, que viajava para a Arábia Saudita, transportava 14.600 animais e virou por razões ainda desconhecidas logo após deixar o porto romeno de Midia.
A tripulação, formada por 20 sírios e um libanês, foi resgatada, disse Ana-Maria Stoica, porta-voz dos serviços de resgate.
“A operação de resgate está em andamento … esperamos que as ovelhas no porão do navio ainda estejam vivas”, disse ela à AFP. Algumas dezenas de animais já foram retirados do Queen Hind.
Equipes de resgate apoiadas por militares, policiais e mergulhadores tentavam consertar o navio com bandeira de Palau e levá-lo ao porto, disse ela.
A principal associação de criadores e exportadores de ovelhas da Romênia, Acebop, pediu uma investigação urgente.
“Nossa associação está chocada com o desastre”, afirmou a presidente da Acebop, Mary Pana, em comunicado. “Se não podemos proteger os animais durante o transporte de longa distância, devemos proibi-lo completamente”, afirmou.
Gabriel Paun, da ONG Animals International, alegou que o navio estava sobrecarregado. Ele afirmou que o Queen Hind já teve problemas no motor em dezembro passado. “Uma investigação deve ser aberta sem demora”, disse ele à AFP.
A Romênia é o terceiro maior criador de ovinos da União Europeia, depois do Reino Unido e da Espanha, e um dos principais exportadores, principalmente para os mercados do Oriente Médio.
Ativistas chamam as embarcações de transporte de ovelha — cerca de cem partem de Midia todos os anos — de “navios da morte”. Eles denunciam que há o risco de as ovelhas serem cozidas vivas a bordo durante os meses quentes do verão.
Em julho, Vytenis Andriukaitis, então comissário europeu encarregado da saúde e segurança alimentar, exigiu que Bucareste suspendesse o transporte de 70 mil ovelhas para os países do Golfo Pérsico, citando motivos de bem-estar animal.
Ele pediu à Comissão Europeia que investigasse as práticas da Romênia no setor