A manifestação é contraria a proposta, que começou a ser votada em primeiro turno na casa. Confusão teria começado quando um grupo de sindicalistas foi impedido pela PM de entrar na Assembleia. Alguns servidores ficaram feridos
Foto: Reprodução/ Twitter
Servidores públicos realizam na manhã desta terça-feira (17) um protesto em frente à Assembleia Legislativa do Pará (Alepa). A manifestação é contraria a reforma da previdência estadual, que começou a ser votada em primeiro turno na casa. Durante o protesto, houve tumulto e denúncias de abusos por parte da Polícia Militar, que realiza a segurança no local.
Imagens que circulam nas redes sociais mostram que foram usados bombas de efeito moral, spray de pimenta e balas de borracha para dispersar os manifestantes da entrada da Alepa. Segundo manifestantes, a confusão ocorreu quando um grupo de sindicalistas foi impedido pela PM de entrar na Assembleia. Durante o confronto, alguns manifestantes ficaram feridos. Ainda não se sabe o estado de saúde das vítimas. Veja vídeo abaixo:
Manifestantes e polícia entram em confronto na votação da reforma da previdência no Pará
No protesto, os servidores exigem a retirada imediata dos projetos da pauta da Alepa. Segundo eles, as mudanças na previdência para estados e municípios estão previstas na Proposta de Emenda Constitucional (PEC) paralela da reforma da previdência, que ainda tramita no Congresso Nacional.
Entretanto, de acordo com a Alepa, há um entendimento de que a PEC paralela não será aprovada no Senado. Por conta disso, os projetos foram colocados em pauta pelos deputados assim que a proposta foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Para que o projeto entre em vigor já em 2020, as propostas precisam ser votados até o dia 20 de dezembro, quando é realizada a aprovação do orçamento estadual. Caso o contrário, a sessão da reforma será realizada no primeiro semestre do próximo ano e o projeto só entrar em vigor em 2021.
Reforma da previdência
Deputados do Pará discutem votação da reforma da previdência — Foto: Ascom/ Alepa
A reforma votada pelos deputados é uma proposta do Governo Federal, entregue em fevereiro deste ano. As proposições analisadas alteram o sistema de previdência e estabelece regras da transição e disposição transitórias.
De acordo com a Alepa, os projetos que estão em discussão serão votados em primeiro turno. Caso sejam aprovados, os projetos serão votados pela casa novamente, em segundo turno. Se aprovados, os projetos serão reenviados para o executivo e a lei será promulgada.
A proposta de reforma recebeu o apoio do governador Helder Barbalho e da base aliada na Alepa. Em mensagem enviada ao Parlamento Estadual, Barbalho afirmou que a reforma é necessária diante das adequações exigidas na legislação. Na última terça-feira (10), parlamentares, secretários de estado e representantes de sindicatos se reuniram para discutir as proposições.
Alterações propostas no Pará
Inclusão da idade mínima para aposentadoria de homens e mulheres (65 e 62 respectivamente)
Tempo mínimo de contribuição (35 e 30 anos para homens e mulheres respectivamente)
Ampliação da garantia de pensão por morte de descendente para 21 anos (antes era 18 anos).
Garantia de aposentadoria dos servidores estatutários pelo tempo de serviço
Mudança das aliquotas de contribuição de 18% para 23%