A mãe da jovem que é moradora do bairro Palmares Sul, em Parauapebas, procurou a delegacia de Polícia Civil durante a última sexta-feira (17) para registrar um boletim de ocorrência.
Segundo ela, a filha de 19 anos é autista e teria sofrido agressões físicas de uma colega dentro da Escola Estadual de Ensino Médio Paulo Freire, onde estuda atualmente o 1º ano do ensino médio.
A filha, conforme a mãe, chegou em casa chorando na quarta-feira da semana passada, dia 15, com os pulsos cortados e detalhando que tinha sofrido as agressões de uma colega de sala, que além dos cortes nos braços, ainda ameaçou cortar o pescoço dela caso ela comentasse com alguém.
Porém, mesmo com as ameaças, a jovem contou para a mãe o que tinha acontecido.
Maria Juciane procurou a diretora da escola, que já sabia do ocorrido, para entender as circunstâncias da agressão. A diretora disse que estava investigando quem era a aluna responsável pelas lesões para só então informar à família da vítima.
Com medo que as ameaças se concretizem, a mulher registrou um boletim de ocorrência para resguardar a integridade da filha.
De acordo com ela, o motivo das agressões seria por causa de um trabalho em grupo que a filha, por ser autista e não gostar de interações, preferiu fazer sozinha. Por não aceitar a recusa da jovem autista, a colega então teria reagido a agredindo com um estilete de apontar lápis.
Após o registro do boletim, a Polícia Civil requisitou ao Centro de Perícia Renato Chaves que faça um exame para comprovar a lesão corporal por objeto perfurocortante (arma branca).