Nicolás Maduro foi reeleito presidente pela terceira vez nas eleições presidenciais da Venezuela alcançando 51,20% dos votos. O candidato da oposição, Edmundo Gonzalez Urrutia, obteve 44,2%.
Os dados divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela foram fortemente rejeitados pela oposição do país, que acredita que terá obtido 70% dos votos.
Os EUA, pela voz de Antony Blinken, já disseram ter “sérias preocupações de que o resultado anunciado não reflita a vontade ou os votos do povo venezuelano“. Também Josep Borrell, chefe da diplomacia da União Europeia, apelou à “total transparência do processo eleitoral“.
O Presidente do Chile, Gabriel Boric, considerou ser “difícil acreditar“ nos resultados, e advertiu que não reconhecerá “qualquer resultado que não seja verificável“. Outros países da região criticaram também o processo eleitoral, como o Peru, a Costa Rica, a República Dominicana e a Guatemala.
A oposição se opõe e afirma que houve fraude no pleito. Em discurso, a líder da oposição, María Corina Machado, afirmou que Edmundo González venceu com 70% dos votos.
Em sua primeira declaração após os resultados, Maduro agradeceu aos eleitores e afirmou ser um “homem de paz e de diálogo”, exaltando a relação de continuidade do seu governo com o de seu padrinho político e ex-presidente, Hugo Chávez. O presidente também pediu respeito ao CNE e à Constituição.
Tem que se respeitar a Constituição, o árbitro [eleitoral], e que nada tente manchar essa jornada extraordinário, única, atípica que vivemos. Sou um homem de paz, de dialogo, nunca jamais pensei em ocupar um cargo público de relevância, sempre me movi com muita força no espirito para lutar pela Venezuela. A minha única aspiração de vida foi ser um soldado de Hugo Chávez disse Maduro. Neste novo mandato que vocês me deram, lhe juro que darei minha vida toda para promover toda a mudança necessária pra esta pátria ser o destino da prosperidade , e recuperar todos os direitos tirados pela guerra econômica.
Fonte: CNN Portugal