Geovane Oliveira Junior diz que o advogado Antônio Araújo desconhece qualquer envolvimento com menores de 18 anos.
Foto: Ronaldo Modesto |
Os advogados Geovane Oliveira Junior e Abraunienes Faustino de Sousa concederam entrevistas na tarde desta quarta-feira (23) se posicionando sobre as prisões dos clientes, o advogado Antônio Araújo de Oliveira, o Toni, e os empresários Mauro de Souza Davi, o Marola, que atua na promoção de shows, e Eduardo Liebert Araújo dos Santos, do ramo de proteção patrimonial.
Contra os três foram cumpridos mandados de prisão preventiva durante a operação “Book Rosa”, desencadeada pelas equipes da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) e Delegacia Especializada no Atendimento à Criança e Adolescente (Deaca) de Parauapebas, que investiga a prostituição de menores de 18 anos.
Os dois advogados afirmam que o processo corre em sigilo e que, até o momento, tiveram acesso apenas a partes do inquérito. Ambos também consideram as prisões preventivas exageradas, alegando que as pessoas presas possuem endereço fixo na cidade, são conhecidas e não atrapalharam as investigações em nenhum momento. Eles irão pedir, em audiência de custódia nessa quinta (24), que os clientes respondam em liberdade.
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Sobre as acusações, Geovane Oliveira defende que Antônio Araújo desconhece qualquer envolvimento dele com menores de 18 anos e está à disposição da justiça. “Se tiver se envolvido com alguém sempre foi com pessoas maiores de idade, que sempre falam pra ele serem maiores de idade, nunca se envolveu com pessoa menor de idade”, afirmou. Abraunienes Faustino, por sua vez, diz que os esclarecimentos serão feitos em momento oportuno.
Conforme a delegada Ana Carolina Carneiro, titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam), a operação investiga crimes de estupro de vulnerável, prostituição de adolescentes, tirar proveito da prostituição alheia e impedimento de adolescente sair da prostituição. O intermediador entre as vítimas e os abusadores não foi localizado e é considerado foragido.
A investigação foi iniciada em setembro de 2020 e apontou que uma pessoa induzia adolescentes à prostituição, fazendo contato com os clientes e intermediando os encontros. Três vítimas já prestaram depoimento e uma chegou a informar ter sido alugada por um mês a um homem. Há relatos, ainda, de que elas eram obrigadas a usar drogas e álcool e que uma chegou a entrar em coma. O caso segue sendo investigado.
(Luciana Marschall – com informações de Ronaldo Modesto/Correio de Carajás)