O senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) foi eleito neste sábado (1º) como o novo presidente do Senado Federal, conquistando 73 votos. Com o resultado, Alcolumbre assume o comando do Congresso Nacional pelos próximos dois anos, em uma eleição que contou com ampla articulação política, unindo tanto a esquerda quanto a direita.
A disputa pela presidência do Senado incluiu nomes como Eduardo Girão (Novo-CE), Soraya Thronicke (Podemos-MS), Marcos Pontes (PL-SP) e Marcos do Val (Podemos-ES). Após a vitória, Alcolumbre prometeu instalar as comissões do Senado já na próxima terça-feira (4), sinalizando agilidade no início dos trabalhos legislativos.
O PSD, que possui a maior bancada da Casa com 15 senadores, deve ficar com o comando da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), considerada a mais importante do Senado. O nome cotado para presidir a CCJ é o do senador Otto Alencar (PSD-BA), aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ex-líder do governo no Senado.
A eleição de Alcolumbre contou com o apoio do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, que declarou seu respaldo à candidatura em 2024. Bolsonaro participou diretamente das negociações, garantindo que o PL tivesse espaço de destaque nas comissões do Senado. Com uma bancada de 14 senadores, o PL deve comandar importantes comissões, como a de Infraestrutura, presidida por Marcos Rogério (PL-RO), e a de Segurança Pública, liderada por Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
O acordo entre as bancadas inclui plenos poderes para o PL atuar nas comissões, com o compromisso de não engavetar requerimentos de informações ao governo e permitir a convocação de ministros para prestar esclarecimentos. A vitória de Alcolumbre e a divisão de comissões refletem um cenário de ampla negociação e busca por equilíbrio político no Congresso.