Caso de grande repercussão ocorrido em Marabá sofre reviravolta.
A morte do paciente Luiz Ribeiro da Silva, de 60 anos, no consultório do médico Leandro Augusto Alves Oliveira, em 25 de janeiro deste ano, não teve nada a ver com a endoscopia. O paciente, na verdade, sofreu um infarto quando se preparava para ser submetido ao exame. Quem afirma é o laudo da Polícia Científica, ao qual a Imprensa teve acesso nesta quarta-feira (6).
Isso quer dizer que o médico Leandro, que chegou a ser preso e teve sua clínica fechada na época, não teve nenhuma responsabilidade pela morte do paciente, pois o próprio laudo, por meio de análise toxicológica, mostra que não foi injetado no paciente nenhuma substância utilizada no processo de sedação que é feito antes da endoscopia.
O documento assinado pelo médico legisla Gilson Farias de Oliveira mostra que a vítima morreu de infarto agudo isquêmico do miocárdio decorrente a tromboembolismo pulmonar.
Defesa quer reparação
O advogado Arnaldo Ramos, que defende o médico, disse que o laudo necroscópico da vítima veio a corroborar com o que Leandro já afirmava desde o princípio, que sequer havia tocado no paciente.
O advogado ratifica que a vítima morreu em decorrência de infarto, era obesa e apresentava vários problemas de saúde. A morte não teve relação nenhuma com procedimentos médicos.
“O inquérito policial é um instrumento previsto para apurar uma conduta criminosa, é um primeiro filtro da persecução penal, para que somente sente no banco dos réus quem tiver contra si indícios suficientes de uma autoria delitiva somado a materialidade do crime”, explica Arnaldo Ramos.
O profissional do Direito observa que seu cliente é médico, continua atuando por ordem judicial, mas o prejuízo moral causado a ele por esse episódio é de valor inestimável e “será devidamente cobrado do Estado do Pará”, antecipa do advogado.
De fato, quando do episódio, até mesmo a formação de Leandro Augusto foi colocada em xeque.
(Fonte: Chagas Filho/ Correio de Carajás)