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Barragens da Vale em Minas podem se romper, e famílias serão evacuadas

Por Portal Pebao

Cinco estruturas da mineradora em Ouro Preto e Itabirito estão com cenário “extremo de rompimento”

Segundo a Defesa Civil, não houve alteração nos dados técnicos das estruturas ao longo dos últimos meses

Moradores da zona rural de Ouro Preto e Itabirito, na região Central de Minas Gerais, começarão a ser evacuados a partir desta quarta-feira (1) devido ao risco iminente de ruptura e a ampliação da Zona de Autossalvamento (ZAS) de cinco barragens do Complexo de Fábrica da Vale.
Segundo a Defesa Civil estadual, o aumento dos limites da ZAS é resultado do termo de compromisso firmado entre o Estado de Minas Gerais, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e a mineradora para a revisão do “dam break” das estruturas de Forquilha I, II, III e IV e Grupo. Esse novo estudo passou a considerar um cenário “extremo de rompimento” das cinco estruturas ao mesmo tempo.




Ainda segundo o órgão, não houve alteração nos dados técnicos das estruturas ao longo dos últimos meses e as últimas inspeções não detectaram anomalias. “As barragens do Complexo de Fábrica são monitoradas continuamente por meio de piezômetros automatizados, radares terrestres, estações robóticas totais, capazes de detectar movimentações milimétricas, e microssísmica, além de observadas por câmeras de vigilância 24 horas por dia pelo Centro de Monitoramento Técnico (CGM) da Vale”, informou.
Realocação
Ainda de acordo com a Defesa Civil, durante esta terça-feira (30) foram feitos os cadastros das famílias que estão presentes na possível “mancha de lama”, e as evacuações vão começar a partir da manhã desta quarta-feira. “Além da hospedagem em hotéis e, posteriormente, em moradias temporárias com aluguel social custeado pela Vale, serão assistidas por atendimento psicossocial, alimentação e transporte para necessidades básicas e emergenciais, como trabalho, escola e consulta médica. Seus animais também serão resgatados e acolhidos na fazenda administrada pela Vale na região, onde ficam sob cuidados de 50 médicos veterinários, biólogos e auxiliares”, diz o órgão em nota.
“A operação cumprirá todos os protocolos de saúde e segurança recomendados diante do quadro de pandemia da Covid-19. Outras 11 famílias já haviam sido realocadas em 2019, em virtude da subida de nível de alerta das Forquilhas I e III”, concluiu.
Não foi informado o número de pessoas ou famílias que serão realocadas.
Resposta da Vale
De acordo com nota enviada pela mineiradora, as famílias já estão recebendo assistência integral da empresa. “Além da hospedagem em hotéis, elas estão sendo assistidas por atendimento psicossocial, alimentação e transporte para necessidades básicas e emergenciais, como trabalho, escola e consulta médica”.
Ainda segundo o texto, em breve, todas serão transferidas para moradias temporárias, com aluguel social custeado pela Vale. Seus animais também são resgatados e acolhidos na fazenda administrada pela Vale na região, onde ficam sob cuidados de 50 médicos veterinários, biólogos e auxiliares. “A operação cumpre todos os protocolos de saúde e segurança recomendados diante do quadro de pandemia da Covid-19. Outras 11 famílias já haviam sido realocadas em 2019, em virtude da subida de nível de alerta das Forquilhas I e III”.
A mineradora ressalta ainda que “não houve alteração nos dados técnicos das estruturas ao longo dos últimos meses e que as últimas inspeções não detectaram anomalias. As barragens do Complexo de Fábrica são monitoradas continuamente por meio de piezômetros automatizados, radares terrestres, estações robóticas totais, capazes de detectar movimentações milimétricas, e microssísmica, além de observadas por câmeras de vigilância 24 horas por dia pelo Centro de Monitoramento Técnico (CGM) da Vale”.

O Tempo

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