O geólogo Breno Augusto dos Santos, descobridor da província mineral de Carajás, fez um alerta direto: Parauapebas precisa se preparar para o dia em que o minério acabar. Durante o evento Café com Ciência, em Belém, ele afirmou que a cidade, com mais de 300 mil habitantes, corre o risco de se tornar um “fantasma” sem os royalties da mineração.
“Serão vinte ou trinta anos com minério rico e depois, sem royalties. Como vai ficar? Parauapebas pode se tornar uma cidade fantasma”, disse, defendendo que o município aposte em alternativas como turismo e pecuária de qualidade.
Breno ressaltou que mineração e preservação podem andar juntas, desde que haja responsabilidade e fiscalização. Diferenciou a atividade legal do garimpo ilegal, que classificou como crime, e defendeu que ações de reflorestamento, como as adotadas pela Vale, sejam implementadas também pelas prefeituras para evitar desastres ambientais.
Aos 85 anos, o geólogo lembrou que descobriu Carajás em 1967, quando trabalhava para a US Steel, e declarou: “Carajás está no meu sangue, tanto que as minhas cinzas serão jogadas lá”. Para ele, o futuro da região depende de romper a dependência do minério e investir em novas vocações econômicas.
O alerta sempre foi feito pelo Portal Pebão sobre novas matrizes econômicas fortes para que a região sobreviva sem depender da mineração, porque um dia a mineração irá paralisar na região, principalmente em Carajás.
Imagens: Reprodução
Com informações: Minera Brasil/Matéria original apurada e publicada pelo Correio de Carajás.