A reviravolta na direção estadual do Solidariedade gerou surpresa no grupo do presidente da Câmara Municipal de Parauapebas, Rafael Ribeiro, pré-candidato a prefeito. A mudança colocou no comando do diretório Euzébio Cabral de Souza, homem de confiança do prefeito de Tucuruí, Alexandre Siqueira (MDB).
Na terça-feira (16/07), a comissão provisória em Parauapebas foi substituída, com a médica Tamires Coutinho Braga, filha do deputado Keniston Braga (MDB), assumindo a presidência do Solidariedade na capital do minério.
No entanto, na sexta-feira (18/07), a Procuradoria do Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA) reconduziu Gilberto Sá à presidência da comissão provisória do Solidariedade em Parauapebas. A decisão, em caráter liminar, foi tomada através de um mandado de segurança e suspende a dissolução da comissão, considerada ilegal.
A dissolução de uma comissão partidária está prevista no art. 94 do estatuto do Solidariedade, que estabelece os seguintes motivos:
Violação do estatuto, regimentos, orientações, cronogramas, programa e regras da ética partidária, ou desrespeito às deliberações dos órgãos superiores do partido; Indisciplina partidária; Não alcançar nas eleições para Câmara dos Deputados votos para legenda do partido equivalentes a 3% do número de eleitores do município ou estado.
Decisão do Juiz Marcus Alan de Melo Gomes
O Juiz Marcus Alan de Melo Gomes deferiu o pedido de tutela provisória de urgência formulado por Gilberto Sá Pereira, popularmente conhecido como Gilberto da papelaria.