Nesta segunda-feira (22), a Central das Cooperativas de Transporte de Parauapebas anunciou a paralisação parcial dos microônibus que atendem a cidade. O motivo alegado foi o déficit financeiro causado pelo grande número de passageiros que têm direito à gratuidade, conforme previsto em lei.
Segundo o presidente da Central, Francisco Brito, o Município não tem repassado os recursos necessários para compensar as perdas das cooperativas. Somente em outubro, foram contabilizadas 33.837 passagens gratuitas, incluindo pessoas com deficiência, idosos e outros beneficiários de leis municipais. Esse montante corresponderia a R$ 160.685,00 de receita para as cooperativas.
Em nota, a prefeitura de Parauapebas informou que, para receber o subsídio financeiro, as cooperativas devem apresentar à Secretaria Municipal de Segurança Institucional e Defesa do Cidadão (Semsi) a prestação de contas mensal com o número real de usuários do sistema, o que ainda não foi feito por todas as cooperativas.
A nota também ressaltou que, em 2023, a prefeitura realizou uma licitação para o transporte público, mas não houve empresas interessadas em participar. Por isso, um novo processo licitatório será aberto neste ano para a operação do transporte público em Parauapebas.
Além disso, a prefeitura informou que, no ano passado, buscou uma parceria com o governo federal, por meio do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), para a compra de uma frota mista de 85 veículos (micro-ônibus, ônibus leve e ônibus pesado), com um repasse federal de 43 milhões de reais e uma contrapartida municipal de 12 milhões de reais.