As investigações sobre o caso da mulher presa em flagrante com um ponto eletrônico durante a aplicação das provas do concurso público da Prefeitura de Parauapebas no dia 27 de novembro confirmaram que Raimunda Arruda de Lima não foi a única a utilizar a técnica criminosa para receber as respostas e se dar bem na prova de forma fraudulenta.
De acordo com o delegado Gabriel Henrique Costa, responsável pela investigação do caso, este inquérito foi concluído e a mulher foi indiciada com base no artigo 311-A (Utilizar ou divulgar, indevidamente, com o fim de beneficiar a si ou a outrem, ou de comprometer a credibilidade do certame, conteúdo sigiloso de concurso público).
“Abrimos outro inquérito que está em andamento com o objetivo de descobrir todas as pessoas que estavam utilizando o ponto eletrônico e as que estavam repassando as questões, as pessoas que ajudaram a quadrilha a responder as questões. Já identificamos os responsáveis por repassar as questões, sabemos o modus-operandi dessa quadrilha”, detalhou o delegado.
Ainda de acordo com a autoridade policial, é possível afirmar que mais de 15 pessoas utilizaram a escuta ou outros meios de obter as respostas, alguns em formato de fivela, outros de relógio e celulares do tipo lanterninha.
O delegado deixou bem claro que existiu a participação de uma quadrilha especializada nesse tipo de fraude agindo neste concurso e a investigação busca descobrir quem são cada um dos integrantes.
O concurso segue suspenso após uma determinação assinada pelo prefeito Darci Lermen e publicada no Diário Oficial.
Até o momento a Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (FADESP), responsável pela elaboração e aplicação das provas, não se manifestou sobre o resultado do inquérito nem sobre as declarações do delegado.
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