Duas regiões do Pará estão com 100% dos leitos clínicos exclusivos para pacientes com Covid-19 ocupados nesta terça-feira (5). De acordo com a da Secretaria de Saúde do Pará (Sespa), todos os oito leitos de enfermaria das regiões de Carajás e Baixo Amazonas estão lotados. Dados da plataforma de monitoramento da Sespa também revelam que a taxa de ocupação dos leitos de UTI está em 93% nessas localidades.
De acordo com a Governo do Pará, existem quatro leitos clínicos na região do Baixo Amazonas e outros quatro na região de Carajás. Todos estão ocupados por pacientes com Covid-19. Já em relação aos leitos de UTI, 19 dos 20 existentes na região de Carajás estão ocupados. No Baixo Amazonas, 9 dos 10 leitos estão lotados.
Apenas dois hospitais públicos estaduais atendem essas regiões. Em Carajás, os pacientes com o novo coronavírus são atendidos pelo Hospital Regional Doutor Geraldo Veloso, em Marabá. Já no Baixo Amazonas, os pacientes com Covid-19 são atendidos no Hospital Regional do Baixo Amazonas, em Santarém.
A situação também é grave na região do Rio Caetés. Lá todos os 11 leitos de UTI estão ocupados. A taxa de ocupação de leitos clínicos é mais confortável, com 36.36%. Quatro hospitais da região possuem leitos para Covid-19, mas apenas um, o Hospital Santo Antônio Maria Zaccaria, possui leitos de UTI.
Segundo a Sespa, juntas, as três regiões (Baixo Amazonas, Carajás e Rio Caetés), possuem 46 municípios. Isso corresponde a 31% de todas as cidades do Pará.
Na média geral do estado – somando todas as regiões do Pará -, a porcentagem de ocupação dos leitos de UTI exclusivos para Covid-19 é de 68.72%. Já os de enfermaria estão 39.09% ocupados.
No dia 28 de dezembro, o Governo do Pará publicou um novo decreto tornando mais restritiva a liberação de atividades econômicas no estado. Segundo o documento, as regiões do Xingu e do Tapajós saíram da bandeira amarela para a laranja, classificação de segurança que exige mais restrições.
De acordo com os dados divulgados, o Pará apresentou, em dezembro, 356 solicitações de internação em UTIs provocadas pelo coronavírus. O número é maior que os identificados em novembro (326) e em outubro (308). Por esse motivo, o governo do Estado anunciou o incremento de mais 55 leitos de UTI e 10 clínicos na rede estadual de saúde.
“Volto a dizer que o Estado sinaliza a situação de cada região, mas a determinação sobre quais atividades devem ser autorizadas, quais serviços e estabelecimentos, continua sendo de responsabilidade das prefeituras. Mudar da bandeira amarela pra laranja indica que estes municípios devem estar em alerta e tornar esta liberação mais restritiva do que a forma que estava sendo adotada anteriormente”, explicou o procurador-geral do Estado, Ricardo Sefer.