Pelo menos 94 pessoas morreram em decorrência das fortes chuvas que atingiram a cidade de Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro. 

Foto: Guilherme Carneiro

Por: Diário de Petrópolis

A tempestade que atingiu a cidade na tarde de terça-feira (15) deixou pelo menos 94 mortos, dezenas de desaparecidos e um rastro de destruição pelo Centro Histórico e bairros do primeiro distrito de Petrópolis. A Defesa Civil registrou 260milímetros de chuva em seis horas.  As buscas por sobreviventes começaram ainda à noite. Um dos pontos mais críticos acontece no Morro da Oficina, no Alto da Serra, onde mais de 50 casas foram destruídas por um deslizamento de terra e pedras. Parentes de moradores que tentaram chegar ao local ainda à noite, encontraram dificuldades. “Vim para tentar resgatar o meu primo que mora ali, mas não consegui chegar porque não tem acesso. Desceu muita terra e pedras, teremos que esperar amanhã para saber”, contou o estudante  Wedel Luiz da Silva.

“A comunidade da Oficina desceu inteira e atingiu a escola. Estou tentando chegar lá para saber da minha sobrinha que se feriu e foi para o pronto socorro. As equipes de resgate estão lá tentando localizar as pessoas soterradas”, contou Carlos Luiz Gomes Pereira. 

“Tem carros empilhados um em cima do outro ali perto do posto de gasolina, está tudo destruído aí pra cima”, contou o motorista de aplicativo John Henrique, que também não conseguiu chegar ao destino por dificuldade de acesso.

Na manhã desta quarta-feira (16), 400 bombeiros seguiam  com as buscas por sobreviventes.  De acordo com a prefeitura, em 24 horas, foi feito o atendimento de 325 ocorrências, das quais 269 são por deslizamentos, as demais são de desabamentos, quedas de muro e árvores.   

Ainda segundo a prefeitura, entre as ocorrências de maior gravidade,  onde há a possibilidade de haver vítimas, estão as ruas 24 de Maio (Centro), Uruguai (Quitandinha), Washington Luiz (Centro), Coronel Veiga, além das localidades do Morro da Oficina (Alto da Serra), Caxambu, Sargento Boening (Castelânea), Moinho Preto (Mosela), Vila Militar (Bingen), Vila Felipe (Alto da Serra), Avenida Portugal (Valparaíso), Servidão Honorato Pereira, na Rua Teresa e na Saldanha Marinho, na Castelânea.

Reforço no efetivo pra socorro às vítimas

Além de todo efetivo próprio, o  município ainda conta com o efetivo da Defesa Civil do Estado, que deslocou para a cidade 43 agentes e 16 viaturas. A Defesa Civil de Vassouras, São João de Meriti, Areal e Araruama também se juntam às equipes no município. “Todo esse aparato está sendo fundamental no suporte ao elevado número de ocorrências que registramos nas últimas horas”, destacou o secretário de Defesa Civil do município, o Tenente Coronel Gil Kempers.

As Forças Armadas disponibilizaram 5 caminhões, uma ambulância e colocou todo o efetivo do Exército à disposição da cidade. A Polícia Rodoviária Federal participa das operações com 34 agentes, 8 viaturas, uma aeronave, uma retroescavadeira, um caminhão caçamba e um prancha, uma ambulância e drones. A Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro deslocou para a Defesa Civil 200 oficiais e 85 viaturas.

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