Sindicância é instaurada para apurar troca de bebê sepultado por engano em Parauapebas
Foto Reprodução |
Continua gerando repercussão o caso de um bebê natimorto que foi sepultado por outra família que também tinha perdido uma criança no Hospital Geral de Parauapebas.
De acordo com informações apuradas pela equipe do Portal Pebão, uma mulher no sétimo mês de gestação de gêmeos teve complicações no parto e apenas um dos bebês nasceu com vida em um parto normal durante a madrugada da última segunda-feira (5).
Segundo a família, foi necessária uma cesárea para retirar o segundo bebê, mas infelizmente a criança não resistiu e morreu antes mesmo de nascer.
A dor do luto pela perda da criança era apenas o início da aflição da família, que teve ainda de lidar com a falta de notícia do corpo da criança.
No mesmo dia outra família também tinha perdido outro bebê e então recebeu o corpo da criança gêmea por engano das mãos da equipe do hospital.
Ainda de acordo com informações obtidas, as famílias só descobriram a troca dos bebês depois que o corpo já tinha sido enterrado nesta terça-feira (6).
Diante da falha, as duas famílias procuraram a delegacia de Polícia Civil para registrar os boletins de ocorrência,
De acordo com o delegado Erivaldo Campelo, diretor da 20ª Urbana de Polícia Civil de Parauapebas, o inquérito foi aberto pela Delegacia Especializada no Atendimento à Criança e ao Adolescente (Deaca) que já iniciou as diligências para apurar os fatos, ouvir os familiares, os servidores do hospital e caso necessário poderá requisitar a exumação do corpo.
O corpo do segundo bebê que morreu ainda não foi localizado e a família continua pedindo uma resposta.
Depois que o caso veio à tona, a secretaria municipal de Saúde publicou duas portarias nesta quarta-feira (7) determinando o afastamento de todos os servidores que tiveram algum tipo de ligação com o caso, sendo dois médicos, dois enfermeiros e sete técnicos de enfermagem e instaurou uma sindicância para “apurar, no prazo de 30 dias, a existência de possíveis irregularidades praticadas nos 4 e 5 de junho no Hospital Geral de Parauapebas.
De acordo com a portaria, o afastamento é preventivo para que possíveis interferências na apuração do caso sejam evitadas.
“A medida cautelar ocorrerá sem prejuízo da remuneração dos servidores públicos, e, diante da urgência da medida, é-lhes assegurado o contraditório”, finaliza o documento assinado pelo secretário adjunto Paulo Vilarinhos.
Em nota a assessoria de comunicação da prefeitura de Parauapebas confirmou a abertura de sindicância na maternidade do HGP envolvendo os dois natimortos.
“A gestão municipal informa que os servidores envolvidos já foram identificados e afastados momentaneamente e reafirma seu compromisso com a transparência e prestará todas as informações necessárias às autoridades competentes e apoio aos familiares”, disse em nota divulgada à imprensa.
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