O pastor evangélico Dagmar José Pereira foi preso na manhã desta terça-feira (28) em Senador Canedo, município da Região Metropolitana de Goiânia (GO).
O mandado de prisão preventiva foi cumprindo pela 2ª Delegacia Regional de Aparecida de Goiânia em conjunto com a Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher de Senador Canedo.
Dagmar José Pereira é investigado por diversos crimes de importunação sexual e estupro de vulnerável supostamente cometidos em Senador Canedo (GO) e em Parauapebas (PA), onde ele exerceu a função de pastor da Igreja Evangélica Assembleia de Deus – Ministério de Anápolis.
“Após diligências investigativas, foi apurado que Dagmar José Pereira aproveitava sua condição de líder religioso e a confiança das famílias, assumindo a função de “orientar” e “acolher” os jovens da igreja e submetendo diversas crianças, adolescente e jovens à prática de atos libidinosos não consentidos. Os atos são praticados há décadas contra vítimas entre 11 e 22 anos de idade”, diz o relatório preliminar da Polícia Civil que investiga o caso.
Ainda de acordo com a Polícia Civil do Goiás, foram realizadas oitivas de diversas vítimas, as quais relataram múltiplos atos libidinosos praticados por Dagmar, como beijos na boca forçados e toques nos seios, nádegas e região genital. Também relataram que Dagmar as abraçava forçadamente, pressionando-as propositalmente contra seu órgão genital. Uma das vítimas narrou ter sido submetida à prática de sexo oral.
As violências sexuais, conforme apontado pela investigação, teriam ocorrido nas duas cidades entre os anos de 2007 e 2016 contra vítimas crianças (entre 11 e 12 anos), adolescentes (entre 12 e 18 anos) e jovens adultas.
Dagmar já havia sido indiciado por estupro praticado contra menor de 14 anos, após conclusão de um inquérito policial de 2005 da Delegacia de Nerópolis (GO).
A Polícia Civil pede que vítimas e testemunhas que ainda não se encorajaram em fazer denúncias que procurem a DEAM de Senador Canedo para prestar declarações, garantindo que as identificações não serão reveladas.
A reportagem do Portal Pebão tentou, mas não conseguiu contato com a defesa do pastor para que ela possa apresentar a própria versão sobre as denúncias.
