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Parauapebas: Motorista de aplicativo nega envolvimento com grupo suspeito de planejar sequestro de fazendeiro

Por Portal Pebao

Parauapebas: Motorista de aplicativo nega envolvimento com grupo suspeito de planejar sequestro de fazendeiro

Ele afirmou que trabalha como Uber e estava fazendo uma corrida para a mulher, apontada como mentora do crime, sem saber da ação criminosa

Tiago de Souza Batista, que dirigia o carro onde estava um grupo que planejava sequestrar um fazendeiro, nega qualquer envolvimento com os criminosos e diz que também foi vítima. Ele garante que trabalha como Uber e fez uma corrida para Juliana da Silva Lima, apontada como mentora do sequestro, sem saber da pretensa ação criminosa dos envolvidos. 

A ação aconteceu no início da tarde desta quinta-feira (5/1), na Avenida das Flores, no Bairro Linha Verde, em Parauapebas, no sudeste do Pará. O grupo acabou sendo surpreendido por uma guarnição do Grupamento Tático Operacional (GTO) do 23º Batalhão da Polícia Militar ((23ºBPM) quando chegava em uma casa. 

Na ação, um dos acusados, identificado como Wesley Saraiva Miranda, o “Argentino”, de 21 anos, morreu em confronto com os policiais, quando tentava escapar por uma área de mata. Um terceiro envolvido conseguiu escapar, se embrenhando na mata.

Tiago e Juliana, que estavam no carro, foram conduzidos para a  20ª Seccional Urbana de Polícia Civil. Ele, no entanto, diz que foi ouvido como testemunha, porque conseguiu comprovar que nada tinha a ver com o grupo criminoso.

A foto dele, tirada quando chegou à Seccional, acabou sendo divulgada como participante do crime. Ele garante que é honesto, pai de família e trabalha como Uber para ganhar o sustento.

Ele relata que nesse dia, tinha feito uma corrida para o Aeroporto de Carajás e, quando estava retornando, Juliana, que conhecia por meio do aplicativo, por já ter feito duas corridas para ela, ligou e perguntou se tinha como ele levá-la até a Vila Cedere I, na zona rural de Parauapebas. “Ela perguntou quanto eu cobraria e eu dei o valor e ela disse que ia junto com os seus dois filhos. Após combinar o preço, eu perguntei onde ela estava e ela disse que na sua residência. Eu fui até lá e, quando cheguei, saiu da casa ela, os filhos e mais dois caras que eu nunca vi na vida”, detalha Tiago.

Segundo ele, quando chegaram à propriedade indicada, a pessoa que Juliana disse que ia ver, que seria seu tio, não estava ou a porteira estava trancada. Ela então falou para ele manobrar e retornar. 

“Já chegando à cidade, os caras pediram para ela mandar que eu os deixasse na casa de um rapaz, no Bairro Linha Verde. “Quando chegamos na residência, assim que eles desceram, não demorou a polícia veio e nos abordou. Nessa hora, os dois caras correram e a polícia correu atrás e, durante a perseguição, um foi morto. Depois fomos para a delegacia e eu expliquei que não tinha nada a ver com a ação que planejavam, inclusive mostrei as mensagens de Juliana me chamando e o PIX recebido pela corrida”, relata, enfatizando que o delegado responsável pelo caso, após ver que ele falava a verdade, o registrou na ocorrência como testemunha e ele foi liberado.

Ainda segundo ele, após a imagens dele ser divulgada como envolvido no crime, logo repercutiu em Parauapebas e também na cidade onde nasceu, que é Xinguara, no sudeste do estado. “Eu sou trabalhador, não tenho passagem pela polícia e nem necessidade de fazer coisa errada”, se defende.

“Inclusive eu estava correndo risco, já que eles poderiam me sequestrar para obrigar a levá-los onde quisessem ou roubar o meu carro”, frisa Tiago.  Confira no vídeo de Ronaldo Modesto. 

Em conversa com os policiais, Juliana confessou que planejava sequestrar um fazendeiro, chamado João Farias, que seria seu padrinho. A Polícia Civil investiga o caso.

Por Tina DeBord 

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