A balança comercial do Pará fechou o primeiro semestre de 2025 com superávit de aproximadamente US$ 9,6 bilhões, registrando um crescimento de 0,45% em relação ao mesmo período de 2024. O desempenho positivo reflete o esforço da indústria local para atender às exigências do comércio internacional, segundo avaliação de Cassandra Lobato, gerente do Centro Internacional de Negócios da FIEPA (FIEPA CIN).
O Pará ocupou o terceiro lugar entre os estados brasileiros com maior saldo comercial, ficando atrás apenas de Mato Grosso e Minas Gerais. No volume total exportado, o estado alcançou o sexto lugar no país, com cerca de US$ 10,9 bilhões em vendas externas.
Entre os produtos exportados, os itens não tradicionais – como soja, carne bovina e bovinos vivos – somaram US$ 1,72 bilhão. Já os produtos tradicionais, como pimenta e sucos de frutas, movimentaram US$ 294,6 milhões.
No ranking nacional de municípios exportadores, Canaã dos Carajás e Parauapebas ocuparam, respectivamente, a sexta e a sétima posição, com US$ 2,8 bilhões e US$ 2,1 bilhões exportados. Em seguida aparecem Barcarena (US$ 1,9 bilhão), Marabá (US\$ 1,3 bilhão) e Paragominas (US$ 350,9 milhões). Belém ficou na 12ª colocação, com exportações de US$ 112,8 milhões.
Apesar dos bons resultados, Cassandra Lobato alerta para os desafios que ainda cercam o ambiente de comércio exterior. Segundo ela, é necessário manter estabilidade regulatória e incentivar relações comerciais duradouras entre os países envolvidos.
Para a gerente da FIEPA CIN, decisões internacionais devem ser tomadas com cautela para evitar prejuízos a setores sensíveis. Ela defende um diálogo diplomático contínuo, com foco na proteção de investimentos, na prevenção de perdas e na manutenção de relações comerciais consolidadas ao longo dos anos.
