No retorno das negociações após o feriado prolongado do Dia do Trabalho na China, os preços do minério de ferro atingiram o maior nível da história no mercado à vista. A suspensão do acordo econômico entre China e Austrália, maior produtora mundial da commodity e a nova rodada de valorização do aço, que também atingiu cotação recorde, deram impulso à matéria-prima.
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De acordo com a publicação especializada “Fastmarkets MB”, o minério com teor de 62% de ferro superou pela primeira vez o nível de US$ 200, chegando a US$ 201,88 por tonelada no porto de Qingdao. Em relação à véspera, a alta foi de US$ 9,34 ou 4,9%.
Com esse desempenho, em maio, a principal matéria-prima do aço já acumula ganho de 6,9%. Em 2021, a valorização é de 25,8%.
Os finos de minério de maior qualidade também renovaram o recorde histórico. A tonelada do minério com pureza de 65% originada no Brasil foi negociada a US$ 234,70 em Qingdao, com valorização de US$ 7,70 por tonelada.
A China anunciou nesta quinta-feira a suspensão por tempo indeterminado de parte de sua cooperação econômica com a Austrália, o “Diálogo Econômico Estratégico Sino-Australiano”, em resposta à intenção australiana de revogar a adesão do Estado de Victoria ao acordo da “Nova Rota da Seda”.
A tensão entre China e Austrália, combinada à valorização dos contratos futuros do aço, que chegaram a subir mais de 4% na Bolsa de Futuros de Xangai para o preço recorde de 5.644 yuans por tonelada, embalaram as cotações da principal matéria-prima do aço.
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