Já ultrapassam 30 dias desde que a Secretaria de Meio Ambiente do Pará suspendeu a Licença de Operação do mais antigo projeto mineral de Canaã dos Carajás. A interrupção das atividades é decorrente do “descumprimento de condicionantes ambientais, conforme previsto em lei.
Fazendo as contas, descobrimos que a economia local está perdendo muito com essa paralisação.
Em um cálculo rápido realizado pelo Gazeta Carajás, é possível dimensionar a magnitude do prejuízo.
Considerando que o Sossego tem cerca de R$ 3 bilhões/ano de receita bruta, um mês parado representa R$ 250 milhões em perdas.
Os cofres públicos de Canaã também são afetados, recebendo cerca de R$ 28 milhões/ano apenas de Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM). Em um mês, essa quantia cai para R$ 2,3 milhões.
Isso sem falar nos demais impostos e nos empregos gerados. O prejuízo é ainda maior se contabilizarmos a circulação desse dinheiro no comércio local do município de Canaã dos Carajás.
Em 2023, a Mina do Sossego produziu 66.800 toneladas de cobre, sendo a segunda maior mina de cobre em termos de produção no Brasil, atrás apenas do Salobo.
Em nota, a Vale informou: “A empresa Salobo Metais avalia que medidas deverão ser adotadas no caso das operações do Sossego diante do cenário atual, em razão da suspensão da licença de sua mina.” Finaliza a nota.
Uma das possibilidades é que a Mineradora conceda férias coletivas aos funcionários, como já aconteceu na Mina Onça Puma.
A Mineradora Vale também está com as atividades na Mina de Onça Puma, em Ourilândia do Norte (PA), paralisadas desde o dia 22 de fevereiro, após a suspensão da licença de operação pela Secretaria do Meio Ambiente do Estado do Pará (Semas). Devido à suspensão da licença pelo governo estadual, a Vale concederá férias coletivas para 108 funcionários, segundo comunicado da empresa.
A Mina do Sossego é um importante pólo econômico para Canaã dos Carajás, e sua paralisação gera apreensão sobre o futuro da região.