O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), deverá se livrar das “garras afiadas” dos 4 senadores, ligados ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), durante seu depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, a popular “CPI da Covid-19”, previsto para ocorrer no dia 29/6/2021, no Senado Federal, em Brasília, para tristeza de seus adversários.
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Os advogados de Helder vão se agarrar a decisão da ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), pois ela decidiu, nessa quarta-feira (9), que o governador do Amazonas, Wilson Lima, suspeito de desvio de recursos da pandemia, não é obrigado a depor na Comissão Parlamentar de Inquérito. A decisão retira um trator de esteira das costas do “barbalinho”.
Ao todo, oito governadores estão sendo investigados pela Polícia Federal por suspeita de desvio de recursos públicos desde o início da pandemia da covid-19. Em abril de 2020, o Governo do Pará gastou o dobro do valor pago por outros estados brasileiros na compra de respiradores pulmonares e bombas de infusão.
Na época, o Pará pagou R$ 50,4 milhões de reais com dispensa de licitação em 400 respiradores que viriam da China por meio da empresa SKN do Brasil Importação e Exportação de Eletroeletrônicos Ltda. No entanto, 10 dias depois, o governo estadual oficializou que os respiradores e as bombas de infusão não funcionavam. O político afirma que o dinheiro foi recuperado e não houve prejuízo ao erário público.
A partir desse momento, Helder Barbalho sofreu busca e apreensão em seu gabinete, teve vários secretários presos, foi achado um isopor cheio de dinheiro público na casa de um assessor e, por último, 19 respiradores foram encontrados em uma parede falsa no Hospital Abelardo Santos, em Icoaraci, jogando mais pressão para cima do governador do Pará.
(Texto: Pedro Souza/Portal Debate Carajás)