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Família de mototaxista discorda de causa da morte e pede novo laudo; IML atestou fratura cervical por acidente de trânsito

Por Portal Pebao

 Família de mototaxista discorda de causa da morte e pede novo laudo; IML atestou fratura cervical por acidente de trânsito 

Familiares e amigos do mototaxista Denisval Ferreira Duarte, que era conhecido como “Denis”, de 48 anos, discordam do laudo do Instituto Médico Legal (IML), que atestou fratura cervical por acidente de trânsito como causa da morte dele. O mototaxista desapareceu no dia 31 de dezembro e foi encontrado morto, nesta quinta-feira (5/1), em um matagal, no Bairro Cidade Jardim, em Parauapebas, no sudeste do Pará.

A necropsia foi realizada no IML de Marabá e o laudo é assinado pelo médico-legista Gilliard Machado Campos. A família, no entanto, não acredita, devido às condições em que o corpo foi encontrado, que “Denis” tenha sido vítima de acidente de trânsito.

Na manhã deste sábado (7/1), eles estiveram na 20ª Seccional Urbana de Parauapebas pedindo a correção do laudo. Segundo Clemerson Duarte, filho de Denisval, o laudo está contraditório com a forma como o corpo de seu pai foi encontrado, jogado em um matagal, em uma área erma.

O corpo de “Denis” ainda está na funerária aguardando a liberação para sepultamento. Ele explica que, como discordam do laudo, a delegada responsável pelo caso tentou cancelar o documento e solicitar novo laudo, mas ainda não conseguiu porque precisa da autorização da diretora do IML.

A outra filha do mototaxista, Valéria Duarte, afirma que, enquanto o documento não for cancelado e novo laudo atestando a real morte do seu pai não for feito, eles irão seguir mobilizados lutando por justiça. “Somos três filhos e mais os amigos nessa luta em busca da verdade sobre a morte do meu pai. Nós vamos chegar à verdade”, diz Valéria que, junto com os outros dois irmãos, moram em Portugal e vieram para Parauapebas cuidar do sepultamento do pai e saber como ele foi morto.

Cleiciane Duarte, a outra fila de “Denis”, afirma que a família está unidade e quer a verdade sobre como seu pai foi morto. “Discordamos desse laudo e vamos exigir que outro seja feito. Vamos até o fim, para saber como realmente meu pai foi morto”, frisa.

Clemerson Duarte agradece o apoio que estão recebendo dos mototaxista, que desde o desaparecimento de seu pai se mobilizaram e, inclusive, conseguiram localizar o corpo no matagal. “Se não fosse por vocês [mototaxistas], talvez o corpo do meu pai ainda nem tivesse sido localizado. Vocês são uma classe unida e mexeu com um, mexe com todos. Meu pai sempre me dizia isso, quando afirmava que os mototaxistas eram também sua família”, acrescenta Clemerson.   

Entenda o caso – Denisval Ferreira Duarte desapareceu no dia 31 de dezembro. O corpo dele foi localizado por colegas e amigos, que estavam ajudando nas buscas por ele, em uma área às margens da Avenida W1, no Bairro Cidade Jardim.

Uma concentração de urubus na área chamou a atenção deles, que decidiram ir ver o que era e encontraram o corpo de “Denis”, que já estava em adiantado estado de decomposição. Eles avisaram os demais colegas e também a Polícia Militar, que acionou a Polícia Civil.

Como o corpo já estava em adiantado estado de putrefação não foi possível precisar de que forma Denisval foi morto. Segundo familiares, o mototaxista saiu para beber no dia 31, já em celebração a passagem de ano.

Ele teria consumido bebida alcoólica durante toda a tarde e parte da noite. Depois não foi mais visto.

Como não tiveram mais nenhuma informação sobre ele, a família decidiu procurar, na quarta-feira (4/1), a 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil para registrar ocorrência sobre o caso, quando deram início às investigações e à procura por ele.

A PC esteve na casa dele, também no Bairro Cidade Jardim, em buscas de pistas que pudessem ajudar na sua localização. Na casa foram encontrados a moto e outros objetos usados na sua atividade de mototaxista.

Para ajudar nas buscas, os amigos e colegas de profissão se uniram e começaram a procurar por “Denis” e conseguiram encontrá-lo, na quinta-feira, sem vida em um matagal. A Divisão de Homicídios da 20ª Seccional Urbana investiga o caso.

 

Por Tina DeBord

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