Alessandro Camilo de Lima foi reconhecido como mandante do crime que vitimou a jovem, que estava grávida dele. Sessão de julgamento ocorreu no Fórum Criminal de Belém, nesta quinta-feira (10).
Foto Arquivo Pessoal |
A sessão de julgamento começou no início da manhã e só foi finalizada por volta das 19h. Alessandro foi reconhecido como autor dos crimes de homicídio duplamente qualificado, aborto de terceiro e ocultação de cadáver. Francisco de Assis Dias foi condenado a três anos e 40 dias de reclusão, em regime semiaberto, por ocultação de cadáver. Já Graziela Barros Almeida foi absolvida pelos três crimes.
O caso seria julgado, inicialmente, pela Justiça de Parauapebas. No entanto, a defesa de um dos réus alegou que o município não oferecia proteção suficiente aos acusados. A realização do julgamento na capital paraense foi uma determinação do Tribunal de Justiça do Estado (TJPA), que atendeu um pedido de desaforamento, isto é, de mudança de comarca, protocolado em 2018.
Em 2013, três anos após o crime, um dos envolvidos no assassinato, Florentino de Sousa Rodrigues, foi julgado e condenado a 24 anos de prisão pelos crimes de homicídio qualificado, aborto de terceiro e ocultação de cadáver.
Entenda o caso
Alessandro Camilo é apontado pelo Ministério Público como mandante do crime e teve pedido de habeas corpus negado. Ele teria planejado o assassinato com o apoio de sua noiva, Graziela Barros de Almeida, e atraído a vítima para uma emboscada.
Alessandro, sob o argumento de que repassaria valores a Ana Karina para as despesas do parto, marcou encontro com a vítima, levando-a para um local ermo, onde já aguardavam Francisco de Assis Dias e Florentino de Souza Rodrigues, os outros dois acusados no processo.
A vítima foi morta a tiros, sendo depois colocada em um tambor que estaria na carroceria da caminhonete de Alessandro, e jogada no Rio Itacaiunas. Antes, no entanto, os acusados teriam colocado pedras no tambor e feito perfurações, para que permanecesse no fundo do rio.
(O Liberal)