Amizade do cão chamado Fiel e seu dono, um idoso de 74 anos, comove moradores de Parintins.
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Uma história de cortar o coração, entre um cão e seu dono, se escreve em Parintins neste momento. A cidade fica a 369 quilômetros de Manaus.
Trata-se, portanto, da amizade do cão Fiel e seu dono, Paulo Sicsu Corrêa, de 74 anos. Os dois viviam juntos na periferia da cidade durante quatro anos.
Mas, o grau de amizade deles começou a se revelar para outras pessoas há seis dias. Foi quando Corrêa teve mal súbito e precisou de ajuda médica.
Foi, então, que os dois apareceram juntos no hospital regional Jofre Cohen, zona norte de Parintins.
Naquele dia, Tarcy Carmo, assistente administrativo do hospital, contou em seu facebook como isso aconteceu.
“[Fiel] foi o primeiro a entrar na ambulância. Sim, gente, ele veio na ambulância com seu dono ate o hospital, foi pro leito com ele e de lá só saiu quando seu Paulo foi liberado”.
Ainda no texto, Carmo comentou:
“Isso sim é amor, muitas das vezes não encontramos tamanho respeito e fidelidade nem na nossa própria família, infelizmente, mas o seu Paulo tem um amigão que com toda certeza não o deixará sozinho nunca”.
Sempre ao lado
Ontem (20), seu Corrêa voltou a se sentir mal. Infelizmente para Fiel, pelo menos, à 1h desta sexta-feira (21), faleceu.
Raysa Wanzeller Paulain, médica que o atendeu, relatou outra parte da história.
“Segundo a equipe de resgate, [Fiel] veio grudado a ele desde casa, e a pedido de seu Paulo acompanhou até os primeiros atendimentos. O mesmo referia que morava só com seu cachorro e pediu pra por favor deixarem ele acompanhar porque tinha feito uma promessa de que ao voltar para casa (esta, soube depois que foi alagada pela grande cheia dos rios) iria cuidar dele até o fim”.
A médica contou também que o animal chegou a ser levado para a casa de familiares de seu Corrêa. Contudo, o cão permaneceu chorando.
Na funerária
Neste momento, a história de amizade entre Fiel e seu dono continua. Este capítulo começou às 3h, duas horas depois que o corpo foi levado a funerária.
Em resumo, foram 12 horas seguidas em que o animal não se afastou do fiel amigo. E, para ajudá-lo, a funerária pôs uma mesa ao lado do caixão. Foi a saída para que o órfão cãozinho ficasse próximo ao seu dono na passagem.
“Fiel”, de joelhos, despede-se do dono à beira da cova, no cemitério.
Fonte: BNC